O quiz de hoje do Rids é: Airbus ou Boeing, qual causa mais câncer de pele?
Pode parecer brincadeira de mau gosto, mas não é.
Como sempre, há uma resposta lógica e bastante compreensível.
Depois de muito quebrarem a cabeça, a resposta será postada aí abaixo.
O leitor Cristian Prigol acertou, então clique aí embaixo para revelar a resposta completa.
[su_spoiler title=”Clique para ver a Resposta do Quiz” anchor=”Resposta”]A resposta:
No caso dessa comparação, são os Boeings. Porém, não todos e nenhum dos atuais.
Ao contrário dos projetos da Airbus, a descendência originada pelo Dash 80, mais conhecido como Boeing 707, trazia como uma característica constante durante mais de 50 anos de projeto: 4 janelas acima dos painéis de instrumentos superiores, chamadas eyebrows. Essas janelas tinham múlltiplas funções originadas no projeto inicial da Boeing, na década de 1950. Algumas voltadas para o uso militar, como voos em formação, abastecimento etc. Outras para aviação em geral, como a visualização da abóbada celeste para navegação pelas estrelas.
Porém, sempre foram também um foco de entrada de radiação UV-A, principal causadora de câncer de pele (melanoma). A radiação, que já é muito mais intensa nas altitudes de cruzeiro da maioria dos aviões comerciais, quando refletida pelas nuvens e sob refração das superfícies das janelas dobram seu potencial cancerígeno. Enquanto as janelas frontais do avião por serem mais perpendiculares refratam os raios mais intensos de maneira a filtrá-los, as eyebrows funcionam como um lente ou como um espelho sobre os corpos dos pilotos.
Para saber mais detalhes sobre a exposição de pilotos à radiação cancerígena, consultem o paper de 2015 da Profa. Dra. Martina Sanlorenzo da Universidade da Califórnia: http://archderm.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1899248
Somente em janeiro de 2005 a Boeing alterou o projeto da cabine do 737 (que era um dos últimos modelos a utilizá-las, junto ao 717) eliminando-as. Mas pelo motivo de diminuir arrasto aerodinâmico e simplificar o projeto e a produção. Um ano e três meses depois encerrou a produção do 717.
[/su_spoiler]