
A Scadinavian Airlines, ou SAS, anunciou hoje (5), que entrou em pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O anúncio veio logo após cerca de 1000 pilotos da companhia iniciarem uma greve nesta segunda-feira, depois de negociações de salário falharem. De acordo com alguns especialistas, a greve dos pilotos pode levar a companhia de bandeira da Suécia, Noruega e Dinamarca à falência.
A SAS surgiu em 1951, após a fusão de companhias aéreas dos três países. Nos últimos anos, vinha sendo mantida pelos governos da Dinamarca e da Suécia. No entanto, em junho deste ano, o governo sueco decidiu não investir mais na SAS, aumentando a crise. Desde o início da pandemia, a companhia cancelou diversos voos para a Ásia. Dessa forma, os A350, entre outros widebodies, continuam gerando custos, mas não trazem dinheiro para a SAS, agravando a situação.
A SAS entrou com o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, o chamado “Chapter 11”. Foi a mesma estratégia que Aeromexico, Avianca e LATAM adotaram para sobreviver durante a crise de covid-19. Enquanto a recuperação garante o funcionamento da companhia, a SAS corre atrás de investidores que injetem 1 bilhão de dólares. Além disso, a empresa espera atualizar a frota, pegando aviões menores e mais baratos de operar.

Greve de pilotos agrava a situação
Além dos problemas com aviões grandes e o fim de injeção de dinheiro da Suécia, a SAS ainda enfrenta a greve dos pilotos. A greve deve atingir metade dos voos da companhia, afetando 30 mil passageiros por dia. Analistas dizem que e paralisação pode custar 10 milhões de dólares por dia à SAS. Isso equivale a metade do que a companhia fatura diariamente. Essa é a primeira grande greve de pilotos na Europa depois da pandemia e a maior desde a greve na British Airways em 2019.
A greve acontece após negociações de salário entre a SAS e os pilotos falharem. A atual crise de falta de funcionários na Europa além dos maiores custos de operação agravaram a situação. De acordo com especialistas, o prejuízo diário que a SAS enfrenta pode trazer a companhia à falência, se algo não for feito rapidamente.
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