
Em 11 dias de trabalho, cerca de 150 produtores rurais de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, construíram uma área de escape para o aeroporto da cidade. A obra, que vinha se arrastando desde 2014, custaria 2 milhões de reais e seria realizada em seis meses, de acordo com o governo do Rio Grande do Sul. No entanto, os produtores rurais levaram 11 dias e gastaram 200 mil reais com combustível. A obra contou com o apoio do curso de engenharia civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI).
Desde 2014, autoridades locais demandavam áreas de escape maiores para o Aeroporto de Santo Ângelo. Os maiores aviões que poderiam pousar ali eram os ATR-72 que a Azul bem como a VoePass operam. No entanto, a Gol pretendia operar voos com os Boeing 737 ali, o que não podia graças às pequenas áreas de escape. Para os 737 voarem para lá, essas áreas deveriam ter pelo menos 60 metros de largura e 90 metros de comprimento.
As autoridades locais procuraram o governo gaúcho para realizar as obras. Depois de estudos, o Departamento Aeroportuário do Rio Grande do Sul determinou que, entre licitação e execução da obra, a ampliação iria levar cerca de 6 meses, além de custar 2 milhões de reais. Foi, então, associações, sindicatos, o aeroclube e empresas locais decidiram agir.
Mutirão
Associação Comercial, Cultural, Industrial, Serviços e Agropecuária de Santo Ângelo (Acisa), o Aeroclube de Santo Ângelo, o Sindicato Rural e empresas da cidade fizeram um mutirão para realizar a obra. No total, juntaram mais de 150 trabalhadores e 100 máquinas para ampliar a área de escape. Além das obras, os trabalhadores ainda cuidavam da manutenção e alimentação dos envolvidos. A obra ainda contou com o apoio do curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). A universidade certificou que a área de escape era adequada para um aeroporto.
Dessa forma, as obras começaram em 11 de julho e, no dia 22, a área e escape já estava pronta. De acordo com a imprensa local, as chuvas na região ainda atrapalharam a obra, que levariam ainda menos tempo. No total, a obra movimentou 56 mil m³ de terra e, depois da compactação, a área de escape ocupou um volume de 40 mil m³. Segundo o Canal Rural, os produtores rurais gastaram 200 mil reais com combustível para as máquinas. As despesas ficaram a cargo da Prefeitura Municipal de Santo Ângelo.

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