Quer ver de pertinho a XB-70 Valkyrie? Então assista o vídeo e depois leia a história.
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A primeira visita que fiz para a Valkyrie foi em 2009, e é uma aeronave tão fora do comum e tão impressionante que eu a visitaria quantas vezes pudesse. Tenho até uma gata batizada de Valkyrie por causa do XB-70.

Para a segunda visita, levei uma câmera melhor para filmar em HD, e prometo que a terceira vai ter um estabilizador de movimento!
O XB-70 é um dos aviões mais exóticos já construídos. Ele foi concebido pelo comando aéreo estratégico no início dos anos 50 (isso mesmo, anos 50!) como um bombardeiro de alta altitude capaz de voar três vezes mais rápido que a velocidade do som. Por causa da falta de fundos e de mudança estratégica, somente dois modelos foram construídos, porém como aeronaves de pesquisa para estudo avançado de aerodinâmica, propulsão e outros assuntos relacionados a aeronaves supersônicas de grande porte.

O hangar onde a Valkyrie está guardada tem cada vez mais aviões “amontoados”, dificultando bastante a visualização ou “aquela” foto do ângulo que a gente quer.

A Valkyrie foi construída usando painéis de honeycomb de aço inoxidável e titânio. O projeto foi desenhado de forma a usar um fenômeno conhecido como “compression lift” (sustentação por compressão), obtida quando ondas de choque geradas pelo avião em voo supersônico suportava uma parte do peso do próprio avião. Para melhorar a estabilidade longitudinal em uma aeronave tão grande a Mach 3, o XB-70 dobrava a ponta de suas asas até um ângulo de 65 graus!

O primeiro XB-70 voou pela primeira vez em 21 de Setembro de 1964 (os caras lá do hemisfério norte têm pouca tecnologia ou não?) e atingiu Mach 3 em 14 de Outubro de 1965. O segundo protótipo voou em 17 de Julho de 1965, mas em 8 de Junho de 1966 caiu após se atingido em voo por um caça F-104 que se desestabilizou atingido pelo vórtice gerado nas pontas das asas da própria Valkyrie.
Para lerem um relato mais completo da colisão visitem o site do prof. Jonas Liasch – Cultura Aeronáutica.



O protótipo 1 voou em em testes supersônicos pela NASA até ser entregue ao museu, em 4 de Fevereiro de 1969, um mês antes do Concorde fazer seu primeiro voo.