As autoridades da Austrália e Holanda anunciaram que entraram com uma ação conjunta contra a Rússia na Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) em razão da queda do voo MH17 em 2014 em território ucraniano.

O Boeing 777-200 da companhia aérea Malaysia Airlines decolou de Kuala Lumpur (KUL) com destino a Amsterdam (AMS) em 17 de julho de 2014. As investigações realizadas apontam que foi abatido por um míssil de fabricação russa.

Os 298 ocupantes que estavam a bordo morreram. Entre eles haviam 196 holandeses e 38 australianos. A aeronave caiu em território ucraniano, a 40 km da fronteira com a Rússia.
Austrália e Holanda demandam da Rússia uma compensação e um pedido formal de desculpas. A alegação é que o voo da Malaysia Airlines foi abatido por engano pelo sistema de defesa russo. Atualmente sob pressão internacional por causa da recente invasão à Ucrânia, a Rússia nega envolvimento no episódio e se retirou da negociação com os dois países em outubro de 2020, contrariando os demais envolvidos.

Um tribunal holandes que julga o caso há dois anos identificou quatro suspeitos, três russos e um ucraniano. Segundo as investigações, esse grupo foi responsável pela entrada de lançadores de mísseis Buk-TELAR na Ucrânia, mas as autoridades ainda tentam mapear as conexões por trás da operação.
Em comunicado, o governo holandês disse que também informou o Conselho de Segurança da ONU sobre esta etapa.