Depois de um ano de obras, o governo concluiu as obras do sistema EMAS do Aeroporto de Congonhas. O EMAS funciona como a caixa de brita em pistas de corrida, que prendem os carros antes que batam no muro. As obras começaram em maio de 2021 e em março deste ano, a cabeceira 17R recebeu a área de escape. Agora, terminaram as obras da cabeceira 35L.
O EMAS foi parte da solução para a falta de área de escape do Aeroporto de Congonhas. Antes da implantação do sistema, a Infraero já havia reduzido a área operacional da pista 17R/35L de 1.940 m para 1.790 m para decolagens e 1.660 m para pouso. Agora, além da redução, a pista conta com o EMAS nas duas cabeceiras.
O que significa EMAS?
EMAS é a sigla para Engineered Material Arresting System. Se um avião escapar da pista, ele deforma blocos de concreto nessa área, e acaba “atolando” ali. Medindo 72 metros de comprimento e 47,4 metros de largura, o EMAS é grande o suficiente para desacelerar os maiores aviões que operam em Congonhas, como os Boeing 737-800 e Airbus A320. As obras duraram um pouco mais de um ano e custaram cerca de 122 milhões de reais.
A tecnologia já é comum em aeroportos da América do Norte, bem como da Ásia e Europa. No entanto, o Aeroporto de Congonhas é o primeiro da América do Sul a recebê-la. Além disso, existem estudos para a instalação do EMAS no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, como você pode ver no vídeo abaixo.
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